quinta-feira, 29 de novembro de 2007

MIGUEL TORGA

Miguel Torga, nome literário ou pseudónimo, do escritor Adolfo Correia da Rocha (1907-1995), nasceu em S. Martinho da Anta, Trás-os-Montes e faleceu em Coimbra onde exercia a sua actividade, como médico otorrinolaringologista.
Após uma pequena passagem pelo Seminário de Lamego, emigra para o Brasil, em 1920, a trabalhar, até que um tio o manda estudar, no Liceu de Leopoldina, onde permaneceu até 1925, ano em que regressa a Portugal, matriculando-se na Faculdade de Medicina, da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 1933.
A sua estreia, como escritor, foi em 1928, quando publica o seu livro “Ansiedade”.
Em 1934, usa, pela primeira vez, o pseudónimo de Miguel Torga ao publicar o livro em prosa “A Terceira Voz”. Adolfo Rocha adopta, o pseudónimo Miguel Torga associando o nome da planta “Torga”, tipo de urze, planta bravia, espontânea, das terras agrestes do norte de Portugal.
Ao longo das suas obras manifesta a sua revolta contra o poder, contra a injustiça, o que lhe valeu a prisão, em 1940, pelas críticas que dirigiu ao governo do General Franco, em Espanha, na obra “O quarto dia”. Do mesmo modo, teve vários livros apreendidos durante a ditadura de Salazar.
O ponto de partida da sua poesia é a observação da natureza, das pessoas, dos grupos sociais, da vida e das suas raízes e, por outro, de acordo com o seu espírito democrático, faz reportagem, descreve, critica e, tenta mesmo actuar, contra, o que na sua visão do mundo e da vida, eram atropelos à justiça, à dignidade e à liberdade.
Do seu contacto com a vida e com a natureza nasceu a sua obra de ficção, “Os Bichos”, “Os Contos da Montanha”, “Os Novos Contos da Montanha” e “As Vindimas”.
Em “Os Bichos”, escritos em 1940, Miguel Torga mostra uma mistura total entre a terra e o homem, como se tudo parecesse sair dessa mistura – o homem, os bichos, e a própria terra. Esta obra é o retrato fiel da vida transmontana, uma vida de suor e lágrimas, de grandes dificuldades, mas uma vida vivida com alegria, numa ligação total com a natureza.
Miguel Torga faz desta obra o testemunho da união natural entre o homem e os bichos, como animais humanizados e ligados ao homem na mesma luta, na vida.
A. R. Lourenço

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

LENDA DA SERRA DA ESTRELA OU DO PASTOR E DA ESTRELA


Era uma vez um pastor que era pobre e tinha, como companhia, um cão.
Este pastor tinha um desejo: viajar para além das montanhas que cobriam a sua aldeia.
Um dia, de noite, o pastor estava a olhar para as estrelas a brilharem e, de repente, desceu do céu uma estrelinha,que lhe falou do seu desejo.
A estrela estava ali, por Deus, para o ajudar a realizar o seu desejo.
Certo dia, o pastor decidiu fazer a viagem e a estrelinha e o cão foram com ele, mas o cão não resistiu e ficou, marcado por um sinal de pedra.
O pastor foi envelhecendo, mas a estrela lá ia com ele, até que, finalmente, chegaram ao destino, à serra mais alta,que fica perto do céu. E o pastor todo contente.
O rei da região mandou emissários com promessas de poder e fortuna, em troca da estrelinha, mas o pastor disse que a estrela não era dele e nunca a abandonaria .
Ainda hoje se diz que, na Serra da Estrela, se vê uma estrelinha que brilha mais do que as outras, de saudade e de amor por um pastor .
A. P. S. Gomes

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

DOVER - Recordações de Verão II

A primeira semana passou e, na segunda semana, a minha turma modificou-se: a Anna e a Selina, as minhas amigas do colégio foram embora juntamente com muitos outros da minha turma. Para nos despedirmos, fizemos uma festa na turma com muitos jogos e doces. Quando eles foram embora, fiquei muito triste, mas, depois, passou. Chegaram muitos alemães que eram muito antipáticos, as chinesas, embora desarrumadas, eram muito simpáticas. Foi uma pena elas terem ido embora!
Durante as noites da semana, houve várias actividades, mas já só me recordo de algumas: houve um concurso, onde a minha turma representou um teatro com algumas personagens da história horrível, mas não ganhámos.
Durante estes quinze dias visitei vários sítios de Inglaterra:

Windsor;

Canterbury;

Londres e

Castelo de Dover.

Também fui três vezes à praia e, apesar de estar a água estava gelada, eu mergulhei.
Nesta semana, também conheci quatro espanhóis muito simpáticos de quem todos os Portugueses ficaram amigos e até já combinámos para o ano irmos juntos.
Nesta minha viagem, fiz muitos amigos, pratiquei Inglês e diverti-me à grande e, além disso, ainda recebi um diploma de final de curso que serve para currículo.
Quando me fui embora, fiquei tão triste que até chorei e, sempre que penso nisso fico muito triste, mas não podia ficar lá o resto da minha vida. Entrei para um autocarro que nos levou até ao aeroporto Heathrow, de onde parti em direcção ao Porto. E aí estava eu de volta a Portugal.
Neste texto, resumi estas férias de sonho que eu passei em Inglaterra e, para o ano, já estou a pensar ir outra vez.


A.C.V.G.S

DOVER - Recordações de Verão

No dia em que os meus pais me foram acompanhar ao aeroporto estava um bocado ansiosa e muito contente. A viagem durou cerca de duas horas e foi muito divertida: as hospedeiras eram muito simpáticas, a comida era boa (ao contrário do que costuma acontecer nos aviões) e fiquei sentada à janela como eu gosto.
Aterrámos em Londres no aeroporto de Gatwick, depois entrámos para um autocarro que nos levou até ao nosso destino: DOVER COLLEGE, um colégio em Dover (uma pequena cidade nos arredores de Londres) onde eu e o meu grupo ficámos hospedados durante 15 dias.
Quando chegámos ao colégio, fomos muito bem recebidos. Tivemos logo uma reunião com os professores, onde nos disseram as regras do colégio e também se apresentaram.
No dia seguinte, fiz um teste que serviria para saber o meu nível de Inglês para formarem as turmas. Nesse dia, conheci muitas pessoas novas e tive uma visita guiada pelo colégio e, depois de jantar, fizemos um jogo ao ar livre que se chamava Mini Olimpíadas, jogo em que fiquei em primeiro lugar numa prova, em segundo, em três e em terceiro, numa.
Quando cheguei à escola, não sabia se ficava com alguma pessoa do meu grupo ou se ficava apenas com pessoas de outros países, mas, logo que fizeram a chamada, uma professora loira e alta, veio ter comigo, disse que se chamava Beckie, perguntou o meu nome e disse que eu era da turma dela. Também soube que ia ficar com mais dois portugueses e, logo a seguir, começaram as aulas.
A primeira aula baseou-se em jogos e apresentações. Correu às mil maravilhas.
Depois de almoço, houve outra chamada e, a seguir, cada um escolhia a actividade que ia frequentar - Futebol, Arte, Teatro, Dança, Ténis e Voleibol. Eu optei por Arte, pois essa actividade era com a minha professora e não me arrependi. Depois das actividades, fomos todos para os nossos quartos descansar, logo a seguir foi o jantar e depois voltámos para casa.
Os dias foram passando, mas vou contar um que foi muito especial. Esse dia começou tal e qual como os outros, acordei, fui tomar o pequeno – almoço e depois fui para as aulas. Fomos à sala de computadores acabar os trabalhos que começáramos a fazer na aula anterior sobre uma pessoa famosa. Eu fiz o meu trabalho com uma menina chinesa chamada Selina Zhang e nós escolhemos falar sobre Thomas Edison, o inventor da lâmpada. Depois do intervalo, foi a apresentação dos trabalhos e a professora anunciou que haveria dois prémios: um, para a melhor apresentação e outro, para o melhor poster e eu e a Selina ganhámos o prémio de melhor apresentação e a Anna (uma menina austríaca que estava na minha turma) e o Bernardo (um menino do meu grupo) ganharam o prémio de melhor poster. O prémio era uma caixa enorme de gomas e o orgulho de ganhar.

A. C.V. G. S.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

MAGUSTO na Benespera

No dia 11-11-2007, na aldeia da Benespera, realizou-se um magusto.
Às 15:30 horas, as pessoas começaram a juntar-se na Associação Cultural e Recreativa da Benespera.
Fizeram uma fogueira com caruma e deitaram para lá as castanhas.
Assim que as castanhas iam ficando assadas, as pessoas começaram a tirá-las e a descascá-las. Depois, comiam-nas e, com as mãos sujas, enfarruscavam-se uns aos outros.
Mais à noite, assaram carne nuns assadores e a população toda confraternizou.
Houve também um baile com um grupo de concertinas.
E acabou a festa assim, toda alegre e divertida.

A. P.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Uma Ideia Diferente


Para a nossa turma criar um blogue , primeiro teve que surgir uma ideia, que me veio à cabeça, quando eu estava na Internet e vi um tutorial sobre como fazer web sites a partir do código html (linguagem de programação). Desde o final do ano lectivo passado, a ideia ficou no ar.
Mais tarde, descobri um site que servia para construir outros, de uma maneira muito simples e fácil, mas, como o idioma era o inglês, a nossa professora de Português decidiu criar um blogue através do Blogger. Os meus colegas e eu escolhemos um nome, o que não foi fácil. Eu participei no "pontapé de saída"!
Agora, a semente está lançada e espero que os meus colegas sintam tanto entusiasmo como eu e colaborem, conforme combinámos.

J.S.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Sonho

O SONHO
Pelo sonho é que vamos,

Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.

Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama